quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um Caminhão Tecnológico

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Futuro da Terceirização Logística no Brasil


O processo de terceirização iniciou-se na década de 80, quando atividades não diretamente relacionadas com o core business (razão de ser) das empresas tiveram a sua gestão e operação transferidas para empresas especializadas. A princípio foram terceirizadas as atividades de limpeza, segurança patrimonial, restaurante interno, manutenção predial, etc.

Com o advento da logística em meados da década passada, mais precisamente por volta de 1.995, muitas empresas optaram também por terceirizar parte da gestão e da operação da sua cadeia logística. A chegada dos Operadores Logísticos internacionais, ocorrida também nesse período, colaborou para a aceleração desse processo.

Passados 10 anos, devemos refletir sobre os resultados alcançados e discutir os caminhos futuros da terceirização logística. Afinal, estamos tratando de um modismo ou de uma realidade no meio empresarial? Aonde acertamos e aonde erramos? E o que precisamos fazer para explorar adequadamente os benefícios da terceirização logística?

Nossos erros:

  • A quase totalidade dos processos de terceirização logística focou única e exclusivamente a redução de custos. Nessa famigerada busca por custos mais competitivos, foram perdidas importantes informações históricas, rotinas, procedimentos, referenciais de nível de serviço e pessoal especializado. Em casos mais graves, inclusive Clientes foram perdidos! No outro lado, a prática exaustiva e indiscriminada de preços baixos transformou a logística em uma commodity, fazendo com que muitas empresas nivelassem seus serviços "por baixo".

  • A terceirização logística foi orientada para as grandes empresas, especialmente para as corporações industriais multinacionais, mais receptivas a essa idéia, em função das experiências vivenciadas nos Estados Unidos e Europa. Dada a limitação desse mercado, rapidamente a oferta de serviços superou a demanda, provocando reduções abruptas nos preços praticados, colaborando diretamente para o processo de "comoditização" da logística. As pequenas e médias empresas nacionais, relegadas a um segundo plano, mas que acompanhavam de perto os problemas vividos pelas grandes indústrias, se transformaram em focos de resistência à terceirização logística, aumentando ainda mais as dificuldades das empresas prestadoras de serviços logísticos que tentaram migrar para mercados mais rentáveis.

  • Por parte do contratante, muitos processos de terceirização logística foram conduzidos sem a metodologia adequada e sem a imparcialidade devida, levando à formação de parcerias ruins e a conclusões técnicas equivocadas.

  • Em muitos casos a parceria entre os prestadores de serviços logísticos e indústria não estava baseada em um contrato formal, e nos poucos casos verificados, o contrato praticamente restringiu-se a temas jurídicos, não se preocupando em estabelecer um documento de trabalho, detalhando o escopo de atuação das empresas, nível de desempenho desejado, riscos a serem compartilhados, recompensas, planos de contingência, premissas operacionais, níveis de operação, etc.

  • Não foram implantados indicadores de desempenho para a gestão logística e tampouco uma sistemática de prevenção e correção dos desvios verificados em relação às metas estabelecidas.

  • Em muitos processos apenas se transferiu a operação logística, permanecendo a gestão nas mãos do contratante. A grande maioria dos processos exclusivamente baseados em mão-de-obra e ativos operacionais fracassou.

  • Muito se prometeu na venda e pouco foi entregue na prática, criando muitas expectativas por parte do contratante. E o pós-venda, importante ferramenta para a fidelização dos Clientes, deixou a desejar.

  • Poucas empresas se capacitaram tecnicamente, e não desenvolveram ou aprimoraram a sua inteligência logística. Erraram ao simplificar demais os problemas e ao adotarem soluções superficiais para resolvê-los. E continuam errando ao investir muito pouco no treinamento da equipe.

  • Distorções e desconhecimento dos componentes de custos na elaboração dos preços conduziram as empresas a discussões acaloradas, que muitas vezes comprometeram o relacionamento entre os prestadores de serviços logísticos e seus Clientes.

  • Por fim, a questão cultural, em muitos casos, inviabilizou parcerias de longo prazo.

Infelizmente, poucos foram os nossos acertos, portanto, temos um longo caminho a percorrer. Existem bons exemplos individuais, mas não há como generalizar uma prática de excelência no mercado.

Temos notado, porém, que grande parte do empresariado do setor logístico tem se mostrado bastante pró-ativo e interessado em solucionar os problemas de seus Clientes. Se em alguns casos falta o conhecimento técnico e o uso de tecnologia, na outra ponta sobra boa vontade, comprometimento, coragem, empatia e perseverança.

Sob o ponto de vista empresarial, muitas empresas prestadoras de serviços logísticos estão se especializando em determinados segmentos, criando serviços e infra-estrutura específicos para o atendimento das expectativas e necessidades de seus Clientes. É o caso do segmento químico, farmacêutico, automotivo, promocional, gestão documental, alimentos perecíveis e bens sensíveis. Há espaço para que isso também ocorra no agronegócio, na indústria alimentícia, no setor de alta tecnologia (informática, automação, aeroespacial, eletroeletrônicos e telecomunicações), no ramo de cosméticos e no segmento de bens de capital.

Concluindo, temos um longo, difícil e sinuoso caminho a percorrer, em ambos os lados. O sucesso da terceirização logística passará, necessariamente, pela atitude colaborativa entre as partes, pela visibilidade de toda a cadeia logística, pelo emprego de tecnologia on line, real time, pela mescla entre inteligência logística e simplicidade, pelo uso de métodos no desenho, dimensionamento e implantação de projetos logísticos, pelo desenvolvimento da equipe e pela capacidade de gestão e operação.

Mais do que reduzir custos, o principal papel do Prestador de Serviços Logísticos estará relacionado a viabilizar maiores vendas e maior lucratividade para os seus Clientes!!!


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria, Hunting e Treinamento em Logística Ltda

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Vídeo do Armazém da Amazon.com

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Dívida média do brasileiro equivale a 5 meses de renda


Nunca o brasileiro deveu tanto. Entre cartões de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, empréstimos para compra de veículos e imóveis - incluindo os recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) -, a dívida das famílias atingiu no fim do ano passado R$ 555 bilhões.



O valor é quase 40% da renda anual da população, que engloba a massa nacional de rendimentos do trabalho e os benefícios pagos pela Previdência Social.

A LCA Consultores constatou que, se os bancos resolvessem cobrar toda a dívida, levando em conta o empréstimo principal e os juros, de uma só vez, cada brasileiro teria de entregar quase cinco meses de rendimentos.



Em 2008, eram necessários 4,3 meses de salários, aposentadorias e pensões para quitar os empréstimos. Em dezembro do ano passado o índice era de 4,8 meses, a maior relação entre dívida e rendimentos da série histórica iniciada em 2001, quando dois meses de rendimentos serviam para pagar os empréstimos.

Apesar do endividamento recorde do consumidor, o estudo da LCA mostra que o comprometimento da renda mensal com financiamentos diminuiu nos últimos 12 meses, devido ao alongamento dos prazos de pagamento. De 2006 a 2009, os prazos médios quase que dobraram, passando de 17,3 meses para 31,1 meses.

Outros estudos confirmam que o endividamento do brasileiro é recorde. A Universidade de Brasília, com base no saldo de empréstimos com recursos livres e na massa de salários das seis regiões metropolitanas, sem contar SFH nem Previdência, conclui que o brasileiro em 2009 devia o equivalente a 10 meses e 20 dias de salário, a maior marca da série iniciada em 2004.



Em 2008, a dívida, nessa fórmula de cálculo, era menor: 10 meses e 2 dias de salário. Já para a Kantar Worldpanel (ex-Latin Panel), 65% dos dois mil lares visitados na Grande São Paulo e na Grande Rio pela consultoria tinham algum tipo de financiamento em 2009. No ano anterior, esse índice estava em 60%. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Feiras, o grande gerador de negócios


Elas são o caminho mais rápido e eficiente para conquistar novos parceiros e viabilizar ótimos negócios.


Exposições, feiras e eventos são o que não faltam. Tanto é que o Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras de 2010 organizado pelo Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está repleto de boas atrações para todos os setores.


O que muitas empresas e empresários ainda não se deram conta é que esses eventos merecem e precisam ser prestigiados pelo fato de que são importantes ferramentas que geram ótimos negócios, aperfeiçoam os produtos, proporcionam trocas de experiência e trazem novas soluções ao setor. Tudo isso porque as feiras são segmentadas e visam sempre alcançar um público-alvo distinto.


Isso faz com que as vendas aumentem, os produtos ganhem em qualidade e consequentemente a empresa consiga novos parceiros e lucros futuros. O público visitante das feiras são pessoas selecionadas, ou seja, a empresa expositora só vai encontrar ali pessoas que tem interesse em fazer essa troca de experiências e parcerias.


Outro fator positivo de se participar de feiras é a possibilidade de olhar de perto o trabalho dos concorrentes, já que na sua maioria eles também são expositores. O contato comercial se faz de forma direta e até mesmo descontraída, proporcionando a realização imediata de negócios e de um intenso intercâmbio comercial que pode se tornar permanente.


E tudo isso só é possível se o evento for bem planejado e tiver toda a estrutura necessária para que, tanto os expositores possam mostrar os seus produtos, quanto os visitantes poderem trocar experiências.


Investir em feiras e exposições é uma arma poderosa de marketing e também uma grande oportunidade de, em um só local, saber de todas as novidades e tecnologias existentes. Participar e investir nesse tipo de publicidade é altamente rentável.


Uma dessas feiras que trás a possibilidade de ótimos negócios e de troca de experiências é a Feira Internacional Logística.2010, organizada pela Adelson Eventos e que será realizada nos dias 15, 16 e 17 de junho no Parque Comendador Antonio Carbonari, o Parque da Uva em Jundiaí, interior de São Paulo.


Nesta feira, os empresários do setor de logística poderão trocar experiências, participar de um intenso networking, além de assistir a palestras e participar de uma conferência. Serão 90 expositores e um público esperado 15 mil pessoas ligadas ao setor e a indústria prestigiando a Feira Internacional Logística.2010.


Não perca a chance de expor a sua empresa e também de saber as novidades e as novas tecnologias do setor. Uma empresa que participa de uma feira ou exposição sai do local com a sua marca fortalecida e com a certeza de ótimos negócios no futuro.

Para mais informações de como ser expositor e cadastramento online e palestras acesse: www.feiradelogistica.com


Vivian Lourenço

Assessora de Imprensa – MTB: 57471

imprensa@adelsoneventos.com.br

+55 11 83217335

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Milk-Run


Traduzindo ao pé da letra, Milk Run significa Corrida do Leite. Esse nome é devido ao processo de um transportador passar em duas ou mais fazendas sem cruzar caminho na rota, retirar o leite e, em seguida, entregá-lo a uma empresa de laticínio. Isso é um dos exemplos do conceito de Milk Run, que mais comumente é usado na indústria automobilística.


Milk Run é um sistema de coletas programadas de materiais, que utiliza um único equipamento de transporte, normalmente de algum Operador Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos.


O sistema de coleta programada de peças MR, que vem sendo adotado por um número crescente de empresas, permite um maior controle sobre as peças realmente necessárias e utiliza uma maior freqüência de abastecimento (lotes menores) com conseqüente redução de estoques.


O Milk Run possibilita um bom ambiente para a introdução, manutenção e melhorias de administração Just-in-Time, pela ter como uma de suas características a redução de estoques em toda a cadeia de suprimentos.


Objetivos do Milk Run:

  • Reduzir Custos Logísticos;
  • Controlar os Materiais em Trânsito
  • Reduzir os Níveis de Estoque;
  • Uniformizar o Volume de Recebimento de Materiais;
  • Agilizar o Carregamento e o Descarregamento.


Benefícios do Milk Run:
  • Embarques programados segundo a necessidade do cliente – uso de janelas de coleta com data, horário e quantidades pré-estabelecidas;
  • Estoques reduzidos devido à pulverização de embarques;
  • Nivelamento do fluxo diário de recebimento de materiais e redução do trânsito interno na fábrica;
  • Otimização na utilização (capacidade volumétrica) dos equipamentos de transporte, o que reduz bastante os custos associados à movimentação de materiais;
  • Melhoria nos serviços de manuseio de materiais, possibilitado pelo uso de embalagens padronizadas e reutilizáveis e pela maior agilidade no carregamento e descarregamento dos veículos;
  • Redução substancial nos custos de manutenção de estoques, pois o que chega dos fornecedores pode alimentar diretamente a linha de produção;
  • Possibilita a implementação de sistemas Just-in-Time integrado nas empresas parceiras.

Um exemplo prático de Milk Run na indústria automobilística é a utilização de um transportador para fazer a coleta dos suprimentos em vários fornecedores de uma região e seguir em direção á montadora. Dessa forma, evita-se utilizar um transportador ou veículo para cada fornecedor, reduzindo custos com fretes e estocando apenas o necessário.


Para obter um bom sistema de Milk Run fornecedores, operadores logísticos e clientes têm de estar sincronizados, possuir um bom canal de comunicação entre esses elos e cumprir com as devidas responsabilidades. Os fornecedores devem ter materiais prontos para embarcar na doca de expedição, na quantidade programada para o dia, observando os seguintes pontos antes da chegada do caminhão – embalagens padronizadas, devidamente paletizadas, etiquetadas e com a documentação emitida. Os operadores logísticos devem cumprir os tempos programados nas janelas de coleta (nos fornecedores) e janelas de entrega (nos clientes). Os clientes devem aos fornecedores todas as informações necessárias para a programação de suas fábricas – previsão da produção (10 semanas, por exemplo), programação da produção (2 semanas, por exemplo) e o ajuste final diário


Quando falamos de Milk Run não podemos esquecer da roteirização. Como o transporte é um dos principais personagens do sistema Milk Run, é essencial o uso de bons softwares roteirizadores para a definição das melhores rotas para a coleta e entrega de materiais, de forma a reduzir a distância percorrida e o transit-time dos produtos.


Rodolfo Luiz Alvarenga